quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O que tenho dificuldade em entender

A posição dos “sindicaleiros”: acredito que os sindicalistas não representam o verdadeiro interesse dos trabalhadores, representam muitas vezes os interesses de um grupo político que apenas sabe ser do contra, que ainda acredita que existe um aparelho produtivo em Portugal e que Cuba é um exemplo como país. Ser sindicalista é achar que os trabalhadores têm direitos sem nunca falar nas obrigações, que deviam trabalhar menos horas e receber mais, que qualquer aumento que seja proposto é sempre insuficiente. Acredito então que qualquer cidadão conseguia facilmente agarrar as “ideias” e desempenhar o papel desses comandantes. Porque ficam esses lideres tanto tempo nesses cargos? Se calhar até já se esqueceram da sua verdadeira profissão!!! Ou então sempre tiveram a profissão “Protestante” !!! O triste é que todos conhecemos alguma repartição, instituto, sector onde a ineficiência da administração pública está bem patente, onde existem mais pessoas do que trabalho a desenvolver, onde quem quer trabalhar está limitado e onde o horário mínimo impera. Sobre isto não se fala claro!!!
Os que falam em políticas alternativas, mas que não são alternativa a nada, aliás as politicas patrióticas seriam ter 10 milhões de funcionários públicos, sem avaliações (seriam todos entre bom e excelente), com horários reduzidos (talvez o ideal fossem 4 horas diárias), só com direitos e sem obrigações. Nunca vi escrito em lado nenhum como iriam resolver a situação de crise do país, como seria possível aumentar as receitas e baixar a despesa. Não vejo ideias, apenas um discurso gasto e sem noção da realidade; que se limitam a ser sempre do contra.
Os defensores de José Sócrates: vejo cidadãos que ainda acreditam no primeiro-ministro. Existem situações em podemos não querer ver, mas ao fim de tantas trapalhadas, afirmação seguida de contradição, não é injusto chamar-lhe mentiroso, ou seguindo a arte, nem sempre fala a verdade! Porque razão não se fala abertamente aos cidadãos? Será que existe a necessidade de omitir números? Não será que ao falarmos verdade e sermos frontais conquistamos mais facilmente a admiração das pessoas? Será que ser político é estar intimamente ligado a jogos sujos de poder, a esquemas e compadrios para eliminar adversários? Tenho dificuldade em entender esta mentalidade…
As opiniões sobre tudo: tornou-se moda todo o individuo ter opinião sobre todo e qualquer assunto, mesmo que não saiba os moldes de funcionamento e a real dimensão do tema. Todos entendemos que a justiça em Portugal funciona mal, no entanto, quantos de nós sabe apontar as reais causas para esse mau funcionamento? Pessoalmente não tenho opinião porque não conheço a estrutura, não sei os procedimentos nem qual a razão que leva ao acumular de processos. Interrogo-me se a culpa é do sistema, das pessoas ou dos dois.
Quando se fala em efectuar restrições orçamentais, todos os comentadores e “entendidos” no assunto falam em cortar despesa, mas são poucos os que dizem onde, porquê e as implicações dessas medidas. É comum ouvir falar dos “boys” que pela “competência” ocupam cargos de nomeação política, e fala-se sempre em cortar nesses, no entanto até que ponto eles estão infiltrados? No país de favores, de luvas, de promoções na horizontal, de pessoas com muita disponibilidade para fazer política todos os dias, pergunto-me quantos são os boys e quais os custos associados a estes parasitas. E esses indivíduos com o dom da palavra comecem a denunciar quem são, pois acho que todos os portugueses querem saber umas das causas do seu sofrimento.
Existem também aqueles que sabem um pouco de tudo, desde as finanças, justiça, passando pela educação e até de agricultura, portanto sou levado a concluir que temos um grande número de potenciais candidatos a primeiro-ministro. Temos um país de peneirentos, onde falam mas que não querem calos nas mãos, por isso, algum dia se vai resolver alguma coisa? E se fossem resolvidos alguns problemas era capaz de aumentar o desemprego intelectual.
DICA: a melhor maneira de aumentar a receita do estado seria com multas de trânsito, face à quantidade de artistas, de espertos, de apressados, de transgressões que vejo todos os dias, eram milhões a entrar….

2 comentários:

  1. O assunto do sindicalismo é difícil de tratar. Qualquer coisa que se diga e acusam-nos logo de pôr em causa os trabalhadores... enfim, põem a K7 no play.

    Mas, concordo contigo! E quanto mais tempo passam nos "cargos", mais dotados são para os ocupar, acabando por não dar lugar a outros.

    Quanto aos fãs do Sócrates, eu não os descubro. Conheço um senhor que diz que o voto devia deixar de ser secreto. Tem uma certa razão, não se encontra uma alminha que não o critique, mas a verdade é que o tipo ganhou eleições há relativamente pouco tempo...

    Por fim, as multas tu não te preocupes que eles também já se devem ter lembrado disso. Vai haver aí uma caça lololol

    Excelente artigo!

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