quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Naqueles dias, tudo era culpa da vacina!




Desenvolveu-se uma vacina contra a Gripe A que o Governo depressa fez distribuir pelos principais grupos de risco. Normal! Igualmente depressa, começaram a surgir casos dispersos de problemas supostamente provocados pela toma dessa mesma vacina. Normal!

As vacinas tornaram-se um dado adquirido para todos nós e são hoje uma etapa obrigatória na vida de qualquer criança. Mesmo em adultos, somos confrontados com a vacina do HPV ou a do tétano, de 10 em 10 anos ou em caso de acidente.
Esquecemo-nos das polémicas à volta das vacinas in the early days. Esquecemo-nos da definição de vacina. Ao tomar uma vacina, estamos, de facto, a introduzir no nosso sistema uma pequena amostra do vírus (alterado ou não) para que as nossas defesas naturais, os glóbulos brancos, etc. possam "aprender" a defender-se. Assim, quando o vírus voltar a entrar no nosso organismo, através de contágio natural, as nossas defesas podem agir em conformidade. Portanto, o que estamos a fazer ao tomar uma vacina, seja ela qual for, é quase suicida... mas resulta! (pelo menos, na maioria das vezes)

Também é interessante ver a importância que damos ao Sistema de Saúde Norte-Americano. Eles não aceitam a vacina belga, logo, todos os portugueses estão alarmados com ela. Mas, será de levar em conta a opinião de um sistema de saúde que permite o consumo de medicamentos à base de cannabis, vicodins e semelhantes que estão completamente banidos na UE? Os norte-americanos são, por natureza, aversos às vacinas e estão habituados a culpá-las de todos os males. Chega-se a associar a toma de vacinas ao autismo, por exemplo.
Por outro lado, e lembrando o sucedido há cerca de 20 anos com o teste ao HIV, tudo é reduzido a margens, euros e dólares. A vacina belga não é aceite nos EUA porque... é belga!

Mas, brincadeiras à parte, não falamos de um caso isolado. No espaço de uma semana houve 3 fetos mortos... Até quando consideraremos tudo uma mera coincidência?

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