Vivemos hoje uma crise profunda, não só financeira como de falta de valores. Financeira porque faltou a coragem para intervir e regular certos sectores; porque nunca se encarou os problemas com a determinação necessária e acima de tudo não há, nem nunca houve, a vontade suficiente para alterar o sistema de interesses montado na nossa democracia. Todos entendemos que são necessárias medidas duras e frias para controlar o nosso endividamento, só que medidas que alterem o padrão de vida dos portugueses não recebem votos. Os economistas, que tanto escrevem nos jornais, falam em reduzir fortemente a despesa, o que a mim, talvez pouco entendido nestes assuntos, faz sentido, agora falta descrever em detalhe onde? Quando? Como? Porquê? E estudar as alternativas e implicações de efectuar mudanças. Não tendo nada contra o funcionalismo público, já que muitos são trabalhadores eficientes e dedicados, parece-me, também pela minha experiência de vida, que existem trabalhadores dependentes do estado a mais. Diria pelo conheço de um Instituto Público (Instituto Superior de Agronomia), e sem exagerar, que metade dos funcionários não eram necessários e o trabalho era feito na mesma. E pergunto – quantos casos destes não existem no país?Foi cometido sempre o mesmo erro, isto é, face às estatisticas das taxas de desemprego, resolvia-se o problema empregando mais pessoas na administração púlica ou institutos extremamente dependentes desta. E depois passados alguns anos temos “os direitos adquiridos”. E eu pergunto – e as obrigações?
Os valores pelos quais me debato, vão desde o civismo pessoal até à escala mais alargada que será o sector da justiça. O civismo começa nas nossas atitudes, na forma como respeitamos os outros, como contribuímos como um ser indívidual para um grupo. Depois num nível mais alargado temos claramente que ter um sistema que responda aos cidadãos, que seja imparcial, rápido, a que todos tenham acesso e a que todos tenham de responder perante os actos cometidos.
Muito há na nossa sociedade para debater, para reflectir, no entanto por mais que tentemos, temos que destruir um sistema de interesses montado que nos domina, que nos consome, que nos impede de progredir.
Porque acredito que temos força para isso, temos pessoas com vontade, temos ideias mas arrojadas e liberais, mas fundamentalmente existe na nossa mentalidade a coragem para mudar, por isso, apoio o candidato Pedro Passos Coelho à liderança do Partido Social Democrata.
Sem comentários:
Enviar um comentário